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Bioma Caatinga 

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Juão Nyn pertence ao povo Potyguara. É multiartista, atua na performance, no teatro, no cinema e na música. Potyguar(a), 32 anos, ativista comunicador do movimento Indígena do RN pela APIRN, integrante do Coletivo Estopô Balaio de Criação, Memória e Narrativa, da Cia. de Arte Teatro Interrompido e vocalista/compositor da banda Androyde Sem Par. Formado em Licenciatura em Teatro pela UFRN, está há 7 anos em trânsito entre RN e SP.

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O fogo é sagrado, alembra?

Cada faýsca que say da fogueyra é um encantado, nosso corpo é sagrado

(2020, p. 90).

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Do casulo à borboleta,
de Eva Potiguara:

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Eva Potiguara pertence ao povo Potiguara (RN). É produtora cultural da EP Produções. Escritora e poeta, Arte Educadora, Doutora em Educação pela UFRN, membro da UBE/RN, SPVA/RN, ALAMP, membro imortal da Academia de Letras e Artes do Brasil, da Seccional Campos de Goitacazes/RJ, membro do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa/Portugal - NALAP, membro da Acádemie Luminescence de Letras, Artes e Ciência da França. 

       Meus olhos foram de uma Índia que lamentou sua aldeia queimada.

Hoje, são tochas que enxergam a vida sagrada” (2019, p. 61).

Autodenominação: Potiguara

Localização: Distribui-se na Caatinga, especificamente no litoral da região Nordeste pelos estados da Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. 

Língua: Família Tupi-guarani. Hoje falam somente o português.

Dados populacionais: 18445 (Siasi/Sesai, 2014) 

Povo Potiguara

Autodenominação: Potiguara

Localização: Distribui-se na Caatinga, especificamente no litoral da região Nordeste pelos estados da Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. 

Língua: Família Tupi-guarani. Hoje falam somente o português.

Dados populacionais: 18445 (Siasi/Sesai, 2014) 

Povo Potiguara

Conheça mais

Tybyra,
de Juão Nyn

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   No céu, um risquinho curvo, feito um sorriso de quem tem sonho bom, aparecia entre as estrelas.– É noite de Lua Nova. Então, amanhã será dia de pegar barro. Empolgada, eu já nem me lembrava da história. Só olhava maravilhada o céu, ansiosa pela aventura que iria começar no dia seguinte (2019, p. 5). 

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Chirley Maria Pankará é militante do movimento indígena e Mestre em Educação pela PUC/SP. Durante oito anos trabalhou como coordenadora geral do Centro de Educação e Cultura Indígena, em São Paulo, atuando junto aos Guarani, em Jaraguá, na capital de São Paulo. Em 2019, assumiu como CoDeputada Estadual pela Bancada Ativista, também em São Paulo. Atualmente é doutoranda em Antropologia na USP, desenvolve a pesquisa “Cosmopolítica Pankará: luta e resistência” na linha de Etnologia.

Povo Pankakará

Autodenominação: Pankará da Serra do Arapuá

 

Localização: Serra do Arapuá, localizada no município de Carnaubeira da Penha, sertão do semi-árido pernambucano.

Língua: Português.

Dados populacionais: 2836 (Siasi/Sesai, 2014).

Nãna e os potes de barro, de Chirley Pankará:

Coração na aldeia, pés no mundo, de Auritha Tabajara:

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         Auritha tinha um segredo

Que não podia contar.

Somente pra sua avó

Se encorajou a falar.

Não gostava de meninos,

E não sabia lidar.” (2018, p. 27). 

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Kariri-Xocó: contos indígenas, de Denízia Cruz:

Povo tabajara

Autodenominação: 

 

Localização: No Ceará, habitam a região dos municípios de Crateús, Poranga, Monsenhor Tabosa, Tamboril e Quiterianópolis. Na Paraíba vivem em lotes da reforma agrária em Conde, Pitimbu e Alhandra e em bairros periféricos da capital. 

Língua: Português.

Dados populacionais: 4449 (Fundação Nacional de Saúde, 2015)

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Auritha Tabajara pertence ao povo Tabajara. É escritora, cordelista, contadora de histórias e terapeuta holística. Recebeu o selo FNLIJ (2019) pela obra “Coração na aldeia pés no mundo 2018 (selo FNLIJ 2019). Protagonizou o filme inédito “Mulher sem chão”, onde compartilhou a direção com Débora MecDwell.

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         A terra está presente nos minerais dos nossos ossos, exercendo uma função de sustentação. A água se apresenta em nosso sangue, o fogo na nossa energia e o ar em nossa respiração. Sem esses elementos não existiria vida. Devemos respeitar a família da natureza para viver bem, em harmonia.

(2018, p. 38). 

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Denízia Cruz Kawany Fulkaxó pertence ao povo Kariri-Xocó. É escritora, advogada (Tirandentes/UNIT-SE), professora do ensino fundamental I, pedagoga de anos iniciais. Pós- graduada em Desenvolvimento Infantojuvenil com Enfoque Psico-Educacional (Tiradentes/UNIT-SE), contadora de histórias, ativista em prol dos direitos indígenas no Brasil.

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Autodenominação: 

 

Localização:  Localizam-se na região do baixo São Francisco, próximos ao municio de Porto Real do Colégio, em Alagoas, e à cidade de Propriá, no Sergipe.

Língua: Os Kariri-Xocó preservaram apenas alguns termos, como expressões rituais próprias; hoje, falam português. 

Dados populacionais:  1905 (Siasi/Sesai, 2014)

A cura da terra, de Eliane Potiguara:

         Do mesmo modo que uma cobra se enrosca lentamente em um tronco de árvore, assim a garota vai se achegando aos pés da avó para que ela lhe coce a cabeça e acaricie seus longos cabelos indígenas (2015). 

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Eliane Potiguara pertence ao povo Potiguara (Paraíba). Nasceu no Rio de Janeiro. É uma professora, escritora, ativista e empreendedora indígena brasileira. Fundadora da Rede Grumin de Mulheres Indígenas. Foi uma das 52 brasileiras indicadas para o projeto internacional "Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz. Em 2021, recebeu o título Doutor Honoris Causa pela UFRJ.

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Povo Potiguara

Autodenominação: Potiguara

 

Localização:  Distribui-se na Caatinga, especificamente no litoral da região Nordeste pelos estados da Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Língua: Família Tupi-guarani. Hoje falam somente o português.

Dados populacionais:  18445 (Siasi/Sesai, 2014) 

Flor da mata, de Graça Graúna:

         Em volta da fogueira: memória, história

o mundo se recria

Entre o sono e a vigília

o canto da cigarra

inunda o sertão

(2014, p. 14-15). 

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Graça Graúna pertence ao povo Potiguara. Escritora, poeta e crítica literária, é graduada, mestre e doutora em Letras pela UFPE e pós-doutora em Literatura, Educação e Direitos Indígenas pela UMESP. Publicou Canto mestizo (1999), Tessituras da terra (2000), Tear da palavra (2001), Flor da mata (haikais, 2014). Participa de várias antologias poéticas no Brasil e no exterior e é responsável pelo blog Tecido de Vozes.

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Povo Potiguara

Raízes do meu ser: meu passado presente indígena, de Telma Pacheco Tãmba Tremembé e Beatriz Pacheco Augusto:

        Vamos trocar as iniciais e fazer outro nome, e finalmente o moço do cartório colocou o nome Telma. 

Este seria meu verdadeiro nome: Antonia Tãmba das Flores Martins Barbosa Soriano Conceição Pacheco Santos Herculano do Canto Leite Teles Alves Doroteu de Oliveira. 

Filha de: Francisco Pacheco de Oliveira e Bernadete Pacheco Martins.

Avós paternos: Manoel Alves de Oliveira e Maria Pacheco de Castro.

Avós maternos: Miguel Pacheco de Castro e Maria Nazaré Martins Barbosa, que passou a usar, Nazaré Martins Pacheco. 

Cor: Parda 

Nacionalidade: indígena brasileira

Nascida em 25 de julho de 1972.

Essa ordem foi dada aos cartórios como forma de nos eliminar, não só com os massacres do meu povo, mas também legalmente, para que nunca fôssemos reconhecidos como cidadãos indígenas.” (2019, p. 31).

Autodenominação: Potiguara

 

Localização:  Distribui-se na Caatinga, especificamente no litoral da região Nordeste pelos estados da Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Língua: Família Tupi-guarani. Hoje falam somente o português.

Dados populacionais:  18445 (Siasi/Sesai, 2014) 

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Telma Pacheco pertence ao povo Tremembé do Ceará. É escritora, mediadora de leitura pela Universidade aberta Demócrito Rocha, contadora de história, artesã, atleta.  Técnica em contabilidade, agricultora, mãe e esposa.
Beatriz Pacheco, pertence ao povo Tremembé do Ceará. É escritora, artesã de biojóias, pratica pintura corporal indígena, agricultura familiar,  cursa o  segundo ano do ensino médio com foco na  área do direito. Militante da causa indígena, da natureza e igualdade racial.

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Autodenominação: 

Localização: Vivem no estado do Ceará, nos municípios de Itarema, Acaraú e Itapipoca, compreendendo uma enorme variedade de ecossistemas.

Língua: Português.

Dados populacionais:  3662 (Siasi/Sesai, 2014)

Povo Tremembé

Oré-Îandé (Nós sem vocês - Nós com vocês), de Ademário Ribeiro Payayá:

         Fomos e Somos

 

I

QUANDO o nosso coração de 

INDÍGENA era pássaro

Voávamos por céus e mares com TEMBETÁ fulgurante

A Terra não era de ninguém

-ERA DE TODOS

E nos habilitávamos através dos

Cantos Banhos

Danças Músicas Desenhos

Ervas e Pajelanças!

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Ademário Ribeiro pertence ao povo Payayá. Doutorando e Mestre em Ciências da Educação pela Universidad Interamericana (UI), Paraguai. Especialista em Educação, Pobreza e Desigualdade Social, pela UFBA, e licenciado em Pedagogia pela UFOP. Escritor, poeta e teatrólogo, diretor de teatro e presidente da Associação ARUANÃ.

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Povo Payayá

Autodenominação: 

Localização: Bahia

Língua: Kariri

Dados populacionais:  47 (Siasi/Sesai, 2014)

Nheenguera, de Juvenal Teodoro Payayá:

         Aba em tupi é índio o ser que sou

Deus é Tupã e o céu é ybaka,

Tupaoka, morada de Deus

A montanha é ybytyra

Aldeia é taba e a casa é oka

Xe - sou eu, o que estou falando,

Meu ou minhas que tô querendo,

e nhe’enga é a fala que o índio fala

Nde é tu, I é ele e I é ela; (2018, p. 41). 

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Juvenal Teodoro Payayá pertence ao povo Payayá. É escritor, educador, palestrante e cacique do povo Payayá. Em 2010 ajudou a fundar o grande movimento indígena MUPOIBA- Movimento dos Povos e Organizações Indígena da Bahia participando da primeira coordenação como diretor financeiro.

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Nós somos só filhos, de Sulamy Katy:

        Nós somos os filhos do tempo, do vento e do anoitecer

(2011). 

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Sulamy Katy pertence ao povo Potiguara (Paraíba). É escritora. Formada em Engenharia Química na UFPB.

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Autodenominação: 

Localização: Bahia

Língua: Kariri

Dados populacionais:  47 (Siasi/Sesai, 2014)

Povo Payayá

Povo Kariri-Xocó

Povo Potiguara

Autodenominação: Potiguara

 

Localização:  Distribui-se na Caatinga, especificamente no litoral da região Nordeste pelos estados da Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Língua: Família Tupi-guarani. Hoje falam somente o português.

Dados populacionais:  18445 (Siasi/Sesai, 2014) 

Ixé ygara voltando pra’y’kûá
(sou canoa voltando pra enseada do rio),
de Ellen Lima

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       O amor originário

É libertário.

Ser abá,

é saber que é

parte tatá

parte yby

parte y’

parte tudo que há.

Fazer do próprio corpo

ygara

e deslizar

nas águas da vida por aí

(2021, p. 24).

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Ellen Lima possui ao Wassu Cocal. É professora, artista, poeta e Mestra em Artes. Atualmente cursa o Doutoramento em Modernidades Comparadas: Literaturas, Artes e Culturas na Universidade do Minho, em Braga (PT). Tem textos e poesias publicadas em revistas e coletâneas, dentre eles o "Volta pra tua terra", uma antologia de poetas antirracistas e antifascistas em Portugal.

Povo
Wassú-Cocal

Autodenominação: Wassu Cocal

Localização:  Aldeia Cocal (Velho), Pedrinhas, Gereba, Ucucuba, Torre e Itabira - Município de Joaquim Gomes, Alagoas 

Língua: Português (Tupi em projeto de revitalização)

Dados populacionais: 2140 pessoas (IBGE, 2010). 

Fonte: OLIVEIRA, Aldjane de. Povo Wassu Cocal : terra, religiões e conflitos. 2017. 197 f. Dissertação (Pós-Graduação em Antropologia) - Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2017.

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